Hoje, 8 de março de 2015, a nossa música vem em homenagem a todas as mulheres da nossa vida.
“Verdade, uma ilusão”… é uma poesia, composta por três grandes artistas… Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Marisa Monte. Foi lançada por Carlinhos Brown em álbum de 2010 e re-gravada por Marisa Monte no álbum “O que você quer saber de verdade” de 2011.
Letra:
Eu posso te fazer feliz
Feliz me sentir também
Eu posso te fazer tão bem
Eu sei isso eu faço bem
Roubar-te um beijo no salão
Girar sem perder o chão
Não vou deixar você cair
Cintura leve a minha mão
Verdade – uma ilusão
Vinda do coração
Verdade – seu nome é mentira
Eu posso te fazer ouvir
Milhões de sinos ao redor
Eu posso te fazer canções
O amor soa em minha voz
Eu posso te fazer sorrir
Meus olhos brilham para ti
E os pés já sabem onde ir
Ninguém precisa decidir
Verdade – uma ilusão
Vinda do coração
Verdade – seu nome é mentira
Música:
Ouça a canção na voz de Carlinhos Brown e depois de Marisa Monte. As duas versões possuem arranjos lindos e ficam como sugestões para uma trilha sonora especial.
Num carnaval, há alguns anos atrás, quando eu estava mergulhada num período de confusão e reflexões profundas sobre a dança a dois, uma pessoa muito querida precisava de ajuda e naquele carnaval eu passei a cuidar de um filhote de gato. Não deu outra, todos aqui em casa se apaixonaram por ele e aquele gatinho passou a fazer parte da família. Seu nome? Lilica!
Era estranho eu ter “um gato” dentro de casa, porque eu sempre tive bichos, mas todos “da porta pra fora”… eram as regras na casa dos meus pais. Enfim, como eu não morava mais com os meus pais e quem “mandava” em casa agora era eu… a Lilica ficou pra dentro… E com aquele jeito “gato de ser” foi conquistando e cativando todo o nosso mundo. As vezes ela nos dava “bola”, outras nos ignorava, as vezes queria brincar, outras não estava nem aí pra gente… coisas de gato. No entanto, ela nos ensinava algo sobre a natureza dos seus movimentos, seu jeito de andar, suas articulações… Aquela coisa fofa era gostosa demais pra “apertar”, segurar e sentir.
Quando ela se deixava pegar, as suas articulações ficavam “soltinhas” e a musculatura “relaxada” e eu sentia ali muita entrega, um peso bom e um encaixe com as partes do meu corpo que lhe davam espaço, no entanto, quando ela não queria, existia uma trava naquelas articulações e tanta tensão naqueles pequenos músculos, onde eu sentia uma repulsa, então era melhor deixá-la.
Quando ela queria, vinha até o nosso colo e ali ficava toda entregue. E nos experimentávamos através da brincadeira. Eu pegava as suas patinhas e as colocava pra cima e ela, sem nenhum controle, mas com uma inteligência felina absurda deixava as patinhas “pousarem” no meu colo, não havia peso pesado, mas havia peso. Fiquei por muito tempo percebendo todas aquelas reações e fazendo analogias com a dança. Até que um dia, num dos estudos de dança, resolvi experimentar o meu corpo da forma como aquele “corpo de gato” me ensinou… e me entreguei à experiência.
Fomos descobrindo (eu e meu parceiro de estudo) que é extremamente talentoso e aberto a novas experiências e reflexões (claro que eu não contei que a inspiração vinha de um gato…) que aquilo tudo era muito bom e a dança conseguia encontrar espaço naqueles dois corpos. Começou a rolar muita harmonia e consciência e a ocupação dos espaços foi se tornando mais fácil, já que encontramos os pontos de soltura e relaxamento de que precisávamos para conseguir encontrar novos lugares na nossa dança. Depois, fomos testando isso em outras partes do corpo e experimentando densidades diferentes de tensão e soltura muscular e a cada dia aquilo nos ia dando mais consciência e impressões positivas sobre o nosso corpo, a colocação dele no espaço, a sua funcionalidade e a natureza dos movimentos.
Em dezembro do ano de 2014 a nossa gatinha foi embora e nos deixou com uma saudade absurda, no entanto, me parece que a missão que ela tinha conosco foi cumprida e ela nos deixou de presente todo esse conhecimento sobre qualidade de movimento, entrega e natureza animal e humana. E isso me fez sentir ainda mais próxima e agradecida aos animais.
Gratidão Lilica, Você foi incrível!!!
Te amamos absurdamente.
Inspirada por um casal de alunos, que me convidou para desenvolver, junto com eles, a sua dança dos noivos, hoje trago pra vocês “La Vie En Rose“, música escolhida pelos dois, para esse momento tão especial e uma das francesas mais consagradas e tocadas desde a sua concepção.
“La Vie En Rose” (A vida em cor de rosa) se tornou conhecida na voz de Édith Giovanna Gassion (EdithPiaf), uma cantora de música de salão e variedades, que teve seu talento reconhecido internacionalmente no estilo francês da chanson.
A letra foi escrita pela própria Piaf e a melodia é de seu parceiro Louis Gugliemi.
Lançada em 1946, La Vie En Rose se tornou a canção assinatura de Edith Piaf e desde então é sucesso no mundo todo.
Se transformou num clássico da música francesa e artistas consagrados como Louis Armstrong, Grace Jones e Cindy Lauper já interpretaram a canção.
Em 1998, num documentário sobre Edith Piaf, La Vie en Rose entrou para o Hall da Fama do Prêmio Grammy. Documentário este, que leva o nome da canção.
Deixe-se envolver por uma das maiores canções francesas de todos os tempos:
Tradução:
A vida cor de rosa
Olhos que fazem baixar os meus
Um riso que se perde em sua boca
Aí está o retrato sem retoque
Do homem a quem eu pertenço
Quando ele me toma em seus braços
Ele me fala baixinho
Vejo a vida cor-de-rosa
Ele me diz palavras de amor
Palavras de todos os dias
E isso me toca
Entrou no meu coração
Um pouco de felicidade
Da qual eu conheço a causa
É ele para mim, eu para ele
Na vida, ele me disse
Jurou pela vida
E desde que eu o percebo
Então sinto em mim
Meu coração que bate
Noites de amor a não mais acabar
Uma grande felicidade que toma seu lugar
Os aborrecimentos e as tristezas se apagam
Feliz, feliz até morrer
Quando ele me toma em seus braços
Ele me fala baixinho
Eu vejo a vida em rosa
Ele me diz palavras de amor
Palavras de todos os dias
E isso me toca
Entrou no meu coração
Um pouco de felicidade
Da qual eu conheço a causa
É ele para mim, eu para ele
Na vida, ele me disse
Jurou pela vida
E desde que eu o percebo
Então sinto em mim
Meu coração que bate
Heal the pain foi composta por George Michael e lançada em seu álbum Listen without prejudice em 1990. Época de grandes desafios para esse artista britânico, que mergulhado em uma crise de identidade, tentava transformar sua imagem em um cantor mais sério. O álbum foi aclamado pela crítica, mas vendeu pouco (8 milhões de cópias), se comparado ao seu trabalho anterior.
George Michael escreveu Heal the pain ao estilo de Paul McCartney e em homenagem a ele.
A canção ganhou versão em português na voz de Fernanda Takai (Pato Fu) e Samuel Rosa (Skank).
Confira a letra e a canção na voz de George Michael
Heal The Pain
Let me tell you a secret
Put it in your heart and keep it
Something that I want you to know
Do something for me
Listen to my simple story
And maybe we’ll have something to show
You tell me you’re cold on the inside
How can the outside world
Be a place that your heart can embrace
Be good to yourself
‘Cause nobody else
Has the power to make you happy
How can I help you?
Please let me try to
I can heal the pain
That you’re feeling inside
Whenever you want me
You know that I will be
Waiting for the day
That you say you’ll be mine
He must have really hurt you
To make you say the things that you do
He must have really hurt you
To make those pretty eyes look so blue
He must have known
That he could
That you’d never leave him
Now you can’t see my love is good?
And that I’m not him
How can I help you?
Please let me try to
I can heal the pain
Won’t you let me inside?
Whenever you want me
You know that I will be
Waiting for the day
That you say you’ll be mine
Won’t you let me in?
Let this love begin
Won’t you show me your heart now?
I’ll be good to you
I can make this thing true
Show me that heart right now
Who needs a lover
That can’t be a friend
Something tells me I’m the one you’ve been looking for
If you ever should see him again
Won’t you tell him you’ve found someone who gives you more
Someone who will protect you
Love and respect you
All those things
That he never could bring to you
Like I do
Or rather I would
Won’t you show me your heart like you should?
How can I help you?
Please let me try to
I can heal the pain
That you’re feeling inside
Whenever you want me
You know that I will be
Waiting for the day
That you say you’ll be mine
Won’t you let me in?
Let this love begin
Won’t you show me your heart now?
I’ll be good to you
I can make this thing true
And get to your heart somehow
E agora conheça a versão em português de Heal The Pain (Pra Curar Essa Dor) com composição de John Ulhoa, na voz de Takai e Samuel Rosa.
O olhar pode ser sobre si próprio, o outro e sobre os outros que se fazem presentes no salão.
O cheiro da própria pele, do outro ou os cheiros que se misturam no salão.
O sentir da própria pele, do outro, da música sobre a pele e ainda o sentir do movimento do outro e do próprio movimento. O ouvir da música que chega diretamente aos nossos ouvidos ou o ouvir da música através do corpo do outro.
É tanto, que talvez as danças a dois sejam as mais completas formas de comunicação através dos sentidos.
O olhar, se for livre das belezas e feiúras convencionais e pré estabelecidas, pode ver muito além do que o outro é, e do que se é.
O cheiro que pode nos enjoar, mas também nos absorver e ficar marcado pra sempre na nossa memória.
A pele que é o maior órgão do corpo humano, é responsável por captar informações sutis e nem tão sutis que vem do corpo do outro. Também é capaz de sentir e absorver a vibração da música e a vibração que vem do corpo do outro, fazendo o casal sentir-se na mesma freqüência ou em freqüências que se complementam quando encontram a harmonia.
O ouvir, que funciona através um sistema mecânico perfeito, permitindo transformar a vibração em palavras, música e melodia.
Se deixarmos pra trás os passos planejados e nos entregarmos a sentir a informação e a música que vem do corpo do outro, podemos chegar a um nível de diálogo dançante, que nos levará a lugares nunca antes percorridos.
Esse diálogo dos sentidos nos permite experimentar o tempo do outro e dar atenção ao nosso próprio tempo, já que muitas vezes somos levados pelo tempo que a sociedade nos impõe, sem nos atentarmos, se aquele tempo, é o que condiz com a nossa condição e vontade.
Nos entregarmos a essa experiência permite auto-conhecimento, meditação, respeito e cura.
Como citei no post anterior, o dia de hoje merece duas postagens, de músicas especiais, que com certeza ficarão na memória de quem esteve presente no 12o. Dançando a Bordo.
A Discoteca Etoile do navio Costa Favolosa foi o lugar… Un Montón de Estrellas foi uma das músicas… que fez a dança e a alegria da galera da Salsa no navio.
A criação da letra de Un montón de Estrellas deixa dúvidas, vasculhei vários sites e muitos nomes são citados como compositores, alguns como Polo Montañez, Gilberto Santa Rosa e Pablo Milanez, que são também interpretes dessa canção.
Não vou dar os créditos a nenhum ainda, até encontrar uma fonte confiável que me dê a certeza do nome desse poeta.
Por enquanto, curta a letra dessa canção que é uma declaração de amor e a música na voz de Polo Montañez que a eternizou.
Un Montón de Estrellas
Yo no sé por qué razón cantarle a ella si debía aborrecerla con las fuerzas de mi corazón Todavía no la borro totalmente ella siempre está presente como ahora en esta canción incontables son las veces que he tratado de olvidarla y no he logrado arrancarla ni un segundo de mi mente porque ella sabe todo mi pasado me conoce demasiado
y es posible que por eso se aproveche Porque yo en el amor soy un idiota que ha sufrido mil derrotas, que no tengo fuerzas para defenderme pero ella casi siempre se aprovecha unas veces me desprecia y otras veces lo hace para entretenerme y es así
Hoy recuerdo la canción que le hice un día y en el fondo no sabía que eso era malo para mí poco a poco fui cayendo en un abismo siempre me pasó lo mismo nadie sabe lo que yo sufrí
Fui una víctima total de sus antojos pero un día abrí los ojos y con rabia la arranqué de mi memoria poco a poco fui saliendo hacia adelante y en los brazos de otra amante pude terminar al fin con esta historia
Porque yo en el amor soy un idiota que ha sufrido mil derrotas, que no tengo fuerzas para defenderme pero ella casi siempre aprovechaba y si algún día me besaba, eso era sólo para entretenerme y es así uhuhu
Todo fue así,así mismo fue, todo fue por ella… yo la quería yo la adoraba pero tenía que aborrecerla todo fue así, oye, todo fue por ella… como yo quise a esa mujer porque pensaba que era buena todo fue así, ay Dios, todo fue por ella… yo era capaz de subir al cielo para bajarle un montón de estrellas todo fue así, todo fue por ella… un pajarito que iba volando yo lo cogí para complacerla todo fue así, ay no, todo fue por ella… tanto se burló de mí que ahora no puedo verla…
Todo fue así, así mismo fue, todo fue por ella, por como me pasó, todo fue así, me enamoré de ella y luego ella me dejo oh ye, todo fue por ella así mismo fue, todo fue por ella todo fue así todo fue por ella… yo la quería yo la adoraba pero tenia que aborrecerla, ay Dios todo fue así todo fue por ella.. como yo quise a esa mujer porque pensaba que era buena, oh ye todo fue así todo fue por ella… yo era capaz de subir al cielo para bajarle un montón de estrellas, ay Dios… todo fue así todo fue por ella… un pajarito que iba volando yo lo cogí para complacerla, oh yea todo fue así todo fue por ella… tanto se burlo de mi que ahora no puedo verla…….. huuuuuuuuuu
Uma semana discotecando no Navio Costa Favolosa, no temático Dançando a Bordo, me deixou ausente durante um domingo, mas para compensar, hoje faremos dois posts sobre músicas que fizeram a alegria e emocionaram as pessoas que estiveram presentes nas Estações Latina e Forró deste navio.
Vamos começar com uma música de autoria de João Silva e Enok, que foi lançada em 2002 no disco Chegando de Mansinho de Dominguinhos e faz sucesso até hoje nos bailes de forró.
Capa do álbum Chegando de Mansinho:
Preciso do Teu Sorriso fez as pessoas dançarem e cantarem no deck da piscina Lido Dell’Ondina na ponte 9 do navio durante a Estação Forró. Um lugar ao ar livre, que contou com a presença da Lua Cheia e a sua luz banhando de uma energia danada de boa, todos que participavam deste momento.
Confira a letra dessa música que faz tanta gente sorrir e está eternizada na voz e no acordeon de Dominguinhos.
Preciso do Teu Sorriso João Silva e Enok
Preciso desse seu amor
Ai, amor como preciso
Não é fácil viver
Sem seus beijos, seu sorriso
Não posso ficar sem você
Pois viver sem você
É viver pra chorar
Fala meu amor
Diga meu amor
Que não vai judiar comigo
Espera meu amor
Fica meu amor
Então me leva pra morar contigo
Preciso desse seu amor
Ai, amor como preciso
Não é fácil viver
Sem seus beijos, seu sorriso
Não posso ficar sem você
Pois viver sem você
É viver pra chorar
Fala meu amor
Diga meu amor
Que não vai judiar comigo
Espera meu amor
Fica meu amor
Então me leva pra morar contigo
Aonde quer que você vá
Seja onde for
Me leva
Me leva
“A música nos une, corpo e alma na canção. A música reúne diferenças sem razão e de um jeito sem querer canta em mim o que é você.” Aldir Blanc.
A música é a arte de combinar os sons simultaneamente e sucessivamente com ordem, equilíbrio e proporção dentro do tempo.
A dança é a arte de combinar movimentos simultaneamente e sucessivamente com ordem, equilíbrio e proporção dentro do espaço.
Dançar a dois é a arte de se conectar, combinando movimentos, ocupando espaços, buscando o equilíbrio e uma relação de comunicação e diálogo corporal que envolva os sentidos de duas pessoas.
A música, tem um papel fundamental no processo de evolução e desenvolvimento da humanidade. Muitas histórias podem ser revividas quando associadas a uma música. Cada acontecimento na história da vida de uma pessoa pode ser associado a um som.
Essa experiência é vivenciada desde o ventre materno, embalada pelos seus batimentos cardíacos . A música se torna elemento vital para a harmonia do homem consigo mesmo e com o próximo, pois como linguagem, integra todos os seres, já que todos dialogam por meio de vibrações. E como fonte de energia, inspira através dos sons, que são as suas palavras, carregando ritmos, harmonias e melodias que podem ser compartilhadas.
Quando o som atinge o homem, seu corpo absorve, vibra, fala, interage, sente, oscila. Está além do ouvir, pois todas as vibrações emitidas são acolhidas. Algumas se ouve, outras não, mas todas são reais e atingem o homem, fazendo-o sentir, transmitindo algum significado.
A importância da música na dança a dois se faz através da necessidade de dois corpos expressarem em harmonia o que estão sentindo. “A dança é linguagem, e como tal, é permeada pelas reações emocionais daquele que a expressa. O sucesso da conexão na dança a dois depende de cada um aceitar a forma como o outro se expressa” e a música se torna o elo capaz de orientar e permear esse diálogo.
De Amor e Paz é uma composição de Adauto Santos e Luiz Carlos Paraná, conheça sobre a história de cada um deles:
Luiz Carlos Paraná, compositor e cantor, nasceu em Ribeirão Claro/PR (15/3/1932) e faleceu em São Paulo/ SP (3/1211970).
Lavrador até os 19 anos e depois comerciário, aprendeu sozinho a tocar violão. Adauto Antonio dos Santos foi cantor, compositor, violonista e violeiro, tendo sido excelente solista no tradicional instrumento da música caipira. Nasceu em Bernardino de Campos/SP no dia 22 de abril de 1940, e faleceu em São Paulo no dia 22 de fevereiro de 1999.
Adauto Santos situa-se entre as maiores preciosidades de voz e viola do Brasil.
Com uma letra que é pura poesia nos faz pensar sobre o amor, sobre a paz… Confira:
Quem anda atrás de amor e paz
Não anda bem Porque na vida, quem quer paz Amor não tem
Seja o que for, sou mais o amor
Com paz ou sem
Sei que é demais querer-se paz
E amor também
Já que se tem que sofrer
Seja dor só de amor
Já que se tem que morrer
Seja mais por amor
Não vou levar a minha vida toda em vão
Nem hei de ver, envelhecer meu coração
Eu hei de ter ao invés de paz inquietação
Houvesse paz, não haveria esta canção
Já que se tem que sofrer
Seja dor só de amor
Já que se tem que morrer
Seja mais por amor
Vou sempre amar
Não vou levar a vida em vão
Nem hei de ver, envelhecer meu coração
Eu hei de ter ao invés de paz inquietação
Houvesse paz, não haveria esta canção
Uma das mais poéticas da Legião Urbana, estrutura simples, ritmo e letra alegre, “Quase Sem Querer” nos dá noções perfeitas de um amor e das dúvidas e conflitos adolescentes.
Vinda do segundo álbum da Legião Urbana, “Quase Sem Querer” traria consigo um sucesso enorme e uma responsabilidade imensa de competir como uma das “letras que mais se destacam” em um álbum que traria Eduardo e Mônica, Índios, Metrópole, Andrea Doria e Daniel Na Cova dos Leões, entre outras.
“Quase sem querer” é do ano de 1986 e foi composta por Dado Villa-Lobos / Renato Russo e Renato Rocha.
Confira a letra dessa música que marcou história na Legião Urbana e na vida de muitos jovens da época.
Quase sem querer…
Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Estou tão tranquilo
E tão contente
Quantas chances
desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você
estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você
Sobre o Disco “Dois”
“Olha, o disco estava sendo planejado para ser um álbum duplo. Iam ser 25 músicas. Grande parte desse material teria base acústica. A gente estava pegando muita coisa feita entre Aborto Elétrico e a Legião, música que eu tocava no violão. Íamos fazer arranjos para o conjunto tocar. Não deu certo por causa de uma série de problemas. Então tivemos que fazer uma redefinição do trabalho. Agora será um disco com 12 músicas, que tem um fio condutor, uma idéia central.(…) Tem muita música de amor, mas tem, também, música que fala do social, do político, mas num contexto emocional, num contexto individual, algo mais ou menos como ‘Baader-Meinhof Blues’, só que sem aquela parte negativa. Eu acho que as idéias da gente estão bem gerais e não muito específicas. É um lance assim, ao invés de falar das pessoas que poluem os mares, ou das guerras, a gente prefere falar do universal, da experiência individual(…). Todo mundo respira, todo mundo sonha, todo mundo é confuso sexualmente(…), todo mundo tem medo da morte. Então a gente quer falar sobre isso: do ponto em comum que une todas as pessoas.” Renato Russo.